4 dicas eficientes para o Planejamento Estratégico Empresarial

O Brasil possui um alto índice de mortalidade das empresas, apesar de ser um dos países mais empreendedores: segundo dados da pesquisa do IBGE “Demografia das Empresas”, somente 37,8% dos negócios sobrevivem no mercado por mais de cinco anos.

Entre as razões para esse encerramento precoce, destacamos a insuficiência de capital de giro, alta carga tributária, burocracia, dificuldades para se diferenciar da concorrência e inadimplência. Porém, é fato que todos estes fatores levam um negócio à falência devido à falta de planejamento estratégico empresarial.

O objetivo deste post é ajudar gestores a elaborarem um planejamento estratégico eficiente e, assim, nortear ações mediante diferentes cenários e resultados distintos. Confira!

1. Defina a missão, visão e os valores da organização

Muitos pensam que não, porém, essa é a premissa para a abertura de qualquer negócio:

• Missão: responde o porquê da existência da empresa;
• Visão: demonstra os objetivos de visibilidade frente ao mercado num período de tempo;
• Valores: orientam a conduta entre outras partes e a organização.

Então meu amigo, se você ainda não definiu estes três pilares para o seu negócio, faça isto de imediato. Além de fazer você ter mais clareza sobre o futuro de sua empresa, aumentará seu foco e te levará a enxergar mais oportunidades.

Além disso, por meio da ferramenta de gestão Business Model Canvas é possível criar ou rever um modelo de negócio que baseie o planejamento estratégico empresarial. Responda questionamentos como:

• a segmentação de clientes será baseada em que necessidades?
• qual a proposta de valor para criar um diferencial competitivo?
• quais os canais utilizados para atender os clientes?
• quais serão as fontes de receita?
• com que recursos as primeiras despesas serão pagas?
• quais os principais parceiros de negócio?
• como será formada a estrutura de custos?

2. Estabeleça objetivos e metas realistas

Esses objetivos podem ser o aumento das vendas em “X” por cento, a conquista de uma nova parcela de mercado ou a redução de custos operacionais, por exemplo. Uma ferramenta eficiente para trabalhar essas metas é o 5W2H, que é de fácil aplicação e se baseia na resposta de sete perguntas:

• What (o que): meta ou objetivo a realizar;
• Why (por que): razões da proposição da meta;
• Where (onde): local ou setor envolvido nesse planejamento;
• When (quando): prazos estabelecidos para essa realização;
• Who (quem): pessoas envolvidas em todas etapas;
• How (como): ações necessárias para alcançar esses objetivos ou metas;
• How much (quanto): custos de concretização do projeto.

Crie uma planilha inserindo as perguntas em linhas e os objetivos e metas em colunas, para que as respostas possam ser consultadas com a frequência necessária, até a sua concretização.

3. Elenque os pontos fortes e fracos

Esse levantamento pode ser feito pela Análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats) ou, traduzindo, Análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças). Ela avalia:

Fatores internos

Passíveis de controle e melhorias:

• forças: diferencial competitivo reconhecido pelos clientes, localização privilegiada, processos mais eficientes;
• fraquezas: insatisfação de colaboradores, baixo grau de investimento em tecnologia, falhas no controle de estoque, fluxo de caixa mal gerido, dívidas, comunicação organizacional ineficaz.

Fatores externos

Relacionados a agentes que influenciam diretamente o andamento do negócio, mas que normalmente estão fora do seu controle:

• oportunidades: novos hábitos de consumo que privilegiem um produto da empresa, valorização da moeda interna para importadores, proposta de investimento;
• ameaças: desaceleração econômica, greves, aumento de impostos, regulamentações ambientais impeditivas, intempéries que inviabilizem processos, desastres naturais impeditivos para o recebimento de insumos.

4. Avalie constantemente os resultados

Os resultados organizacionais podem ser avaliados por meio de KPIs (Key Performance Indicators) como:

• margem de contribuição;
• ROI (Retorno sobre o Investimento);
• ponto de equilíbrio (break even);
• índice de rotatividade (turnover);
• taxa de ociosidade de colaboradores;
• percentual de backorders.

KPIs podem ser aplicados em todas as áreas da empresa, mas precisam ser bem definidos para evitar decisões equivocadas. Para isso, avalie o objetivo ou processo a ser mensurado, com o método SMART (Specific, Measurable, Attainable, Relevant e Time Bound):

1. especifique em qual processo o KPI será aplicado;
2. defina as métricas e fórmulas que serão utilizadas;
3. estabeleça valores ideais para comparar com os dados apurados;
4. os objetivos devem ser realistas e alcançáveis;
5. institua um prazo para avaliação.

Com as ferramentas adequadas, os gestores podem avaliar as informações e tomar decisões mais acertadas, assim como estabelecer um planejamento estratégico empresarial mais eficiente.

Para aumentar essa eficiência, sugerimos que você conheça também algumas ferramentas de gerenciamento de projetos para complementar sua estratégia organizacional. Boa leitura!

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